quarta-feira, 25 de março de 2009
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A biografia de Luís de Camões é muito escassa, pois há pouca informação. O seu nascimento é incerto, pois foi deduzida a partir de uma Carta de Perdão real. Pensa-se que estudou em Coimbra, serviu como soldado em Ceuta, por volta de 1549, perdendo um olho. De regresso a Lisboa, esteve preso pois feriu Gonçalo Borges funcionário da corte. Nesse mesmo ano, seguiu para a Índia, como soldado e funcionário. Esteve na China, onde exerceu o cargo de Provedor dos Defuntos. Em 1560 estava de novo em Goa, convivendo com algumas figuras importantes do seu tempo. No ano seguinte, encontrou historiador Diogo Couto, em Moçambique. Juntamente com outros companheiros, conseguiu o regresso a Portugal. Dois anos depois, D. Sebastião concedeu-lhe uma tença, recompensando os seus serviços no Oriente e o poema épico que entretanto publicara, “Os Lusíadas”, também escreveu inúmeros poemas líricos, e é difícil distinguir aquilo que é mito e lenda romântica, criados em torno da sua vida.
Fábio Pinto
Na poesia lírica camoniana o poeta dirige-se directamente ao leitor e expressa-lhe os seus sentimentos. Estes textos são na generalidade muito trabalhados e contêm muitos recursos expressivos. Os temas que surgem neste tipo de poesia são o amor, a saudade, a tristeza.
A lírica camoniana divide-se em duas correntes, que são:
o A corrente tradicional (medida velha);
o A corrente renascentista (medida nova).
A medida velha ou corrente tradicional coexiste com um sabor tradicional, cujos modelos formais e temáticos revelam a cultura humanística e clássica do poeta. Esta surge, normalmente, expressa em redondilhas, ou seja, redondilha maior (sete sílabas métricas) ou redondilha menor (cinco sílabas métricas). Os poemas são vilancetes, cantigas, esparsas e trovas.
A medida nova ou corrente renascentista apareceu da influência clássica renascentista. Esta surge apresentada em versos decassílabos através da composição poética o soneto (duas quadras e dois tercetos) introduzido em Portugal por Sá de Miranda.
Os temas usados neste tipo de poesia são:
o O amor à maneira de Petrarca;
o A mulher inspirada no petrarquismo;
o A natureza locus amoenus;
o A saudade;
o O tempo e a mudança;
o O destino.
Rita Ribeiro
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